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OS HOSKEN NA POLÍTICA: José HOSKEN de Novaes

Atualizado: 27 de mai. de 2022

Ninguém poderia imaginar que, aquele menino, nascido em 1916, na cidade de Carangola, Minas Gerais, chegaria além dos limites da Estrada de Ferro da Leopoldina.


Pois é, chegou. Iniciou seus estudos no Colégio Carangolense e viajou ao Rio de Janeiro para cursar a Faculdade Federal de Direito, juntamente com o seu irmão Moacyr HOSKEN de Novaes. Ali, se formaram.



Moacyr ficou no Rio de Janeiro e fez carreira na polícia civil do Estado, chegando a Diretor Geral da Policia.


José, a convite dos seus primos de infância de Carangola, foi para a cidade de Londrina, no Estado do Paraná, onde se instalou, a procura de terras novas, a famosa “ terra vermelha”.


Ainda em Carangola, tomou gosto pelas letras e foi comprando livros e mais livros, formando assim sua biblioteca particular em Londrina, que foi considerada uma das maiores bibliotecas particulares do País.


Constituiu família no Paraná e como advogado recém formado, foi convidado para ser Procurador do Município. Foi Professor da Faculdade, da Escola da Magistratura e Prefeito da cidade de Londrina. A sua banca de advocacia foi uma das melhores do Norte do Paraná, com grandes clientes, como a Viação Garcia, Nova Safra e Mercantil do Algodão, dentre outros. Não parou por aí. Logo apareceram novos horizontes como grande jurista e político que era.


Chegou a Curitiba como Procurador Chefe do Estado, foi vice Governador e finalmente Governador do Estado do Paraná, onde foi o idealizador da SERCOMTEL– Telefonia do Paraná.


Pessoa humilde, não utilizava carro oficial, seguranças e as mordomias de Governador, muito comum aos políticos. Ele mesmo, ao final do expediente, descia as escadas do Palácio Iguaçu para fazer as suas compras.


Apesar da distância entre o Paraná e Minas Gerais, nunca esqueceu de visitar sua terra natal, sua família, seus amigos e da comidinha caseira, linguiça, carne de porco e o queijo mineiro meia cura.


José, quando assumiu o governo do Paraná, recebeu o presidente do Tribunal de Justiça do Estado, com um decreto já pronto em mãos, estabelecendo um auxílio moradia para os desembargadores. José respondeu, que para atender ao pedido, deveria dar primeiro aos funcionários do Paraná, que ganhavam muito menos. O homem ficou uma fera e disse: “É o que dá colocar mineiro no governo”. Ao que o José respondeu com maestria, “É melhor um bom mineiro do que um mau paranaense”.


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