03
A IMIGRAÇÃO DOS HOSKEN DE CATAS ALTAS PARA ZONA DA MATA/MG
Os filhos de Edward HOSKEN e Maria Magdalena Mendes Campello HOSKEN:
Ano de nascimento (aproximado pois varia conforme a fonte e as certidões)
1850
Maria Rita HOSKEN
1851
Eduardo Diogo HOSKEN
1853
Kleris HOSKEN
1854
João Jacks Samuel HOSKEN
1855
Anna Eugênia HOSKEN (Ninica)
1857
Maria Magdalena HOSKEN Junior
1861
Francisco Benjamim HOSKEN (Chico HOSKEN)
1864
Emilio Franklin HOSKEN
1866
Carlos Arthur HOSKEN
1869
Nasceu e faleceu uma menina (Philomena HOSKEN)
1872
José Thomaz HOSKEN (Juca HOSKEN)
Os filhos de Edward HOSKEN nasceram em Catas Altas, Ouro Preto e redondezas, onde ele trabalhou após o encerramento da mina de Gongo Soco.
O ciclo do ouro na região de Catas Altas estava chegando ao fim, pois as minas se tornavam cada vez mais profundas e sua extração demandava grandes investimentos e maiores riscos.
O grave acidente de inundação na principal galeria da mina de Gongo Soco, precipitou o seu fechamento e o crescente movimento pela libertação dos escravos, que constituíam a principal mão de obra das minas, formaram o quadro negativo que naquele momento inviabilizava novos investimentos dos ingleses através da Brazilian Mining Association.
Após o fechamento de Congo Soco, Edward trabalhou em novos empreendimentos de mineração e juntamente com os filhos e alguns escravos, tocava também empreitadas, construindo pontes, estradas e prédios na região.
Todavia o trabalho escasseava e a produção agrícola e pecuária dali era muito pequena, devido ao desleixo causado pela mineração, a pobre qualidade das terras de Catas Altas e a libertação dos escravos.
Consequentemente a região oferecia poucas oportunidades para os filhos de Edward e o fechamento do colégio do Caraça por um período, fazia Maria Magdalena, que sempre foi professora e se tornara uma pessoa bilíngue, preocupar com o futuro dos filhos.
Simultaneamente as regiões próximas começaram a imigrar em direção ao leste, devido as informações sobre a qualidade das terras da Zona da Mata de Minas Gerais e a expansão da fronteira agrícola, vindo desde Teófilo Otoni. Some-se a este principal fator o fato que alguns tios, da família Campello, já haviam se deslocado para a Zona da Mata e falavam maravilhas das terras.
Fala-se que a primeira leva dos HOSKEN se dirigiu para a região de Tombos e nela estavam Eduardo Diogo HOSKEN, João Jacks Samuel HOSKEN e Emílio Franklin HOSKEN. Emílio posteriormente se deslocou para a cidade de Guaçuí, Espírito Santo.
A segunda leva foi composta por Chico HOSKEN (Francisco Benjamim HOSKEN) e Juca HOSKEN (José Thomaz HOSKEN); estes dois se casaram com as irmãs Cintota (Jacintha Aurora Pinheiro de Lacerda) e Nicota (Anna Alexandrina Pinheiro de Lacerda) e vieram se estabelecer em Carangola.
A grande distância e a falta de estradas diretas entre Carangola e Catas Altas impuseram uma separação entre os filhos, os pais e os irmãos que lá permaneceram.
Por ocasião do casamento da irmã Maria Rita HOSKEN com Ovídio Pereira da Silva, em Catas Altas, os irmãos HOSKEN que estavam na Zona da Mata, compareceram juntos e existe uma foto histórica deles durante o evento.
Porém, mais tarde, segundo o historiador Carlos HOSKEN Ayres, apenas Chico HOSKEN e Juca HOSKEN retornaram a Catas Altas para visitar os pais, quando Edward já estava com a saúde debilitada.
Permaneceram em Catas Altas e sempre próximos aos pais a filha solteira Ninica (Anna Eugênia HOSKEN) e Carlos Arthur HOSKEN, que se dedicou a agropecuária e foi o pioneiro no cultivo de uvas e um dos primeiros fabricantes de vinho na cidade. Carlos Arthur se casou com a prima Magdalena Pereira da Cunha e são os progenitores dos Hosken que habitam a região e são responsáveis pelo acervo e perpetuação da família HOSKEN naquela região.