top of page

Ninguém poderia imaginar que, aquele menino, nascido em 1916, na cidade de Carangola, Minas Gerais, chegaria além dos limites da Estrada de Ferro da Leopoldina.


Pois é, chegou. Iniciou seus estudos no Colégio Carangolense e viajou ao Rio de Janeiro para cursar a Faculdade Federal de Direito, juntamente com o seu irmão Moacyr HOSKEN de Novaes. Ali, se formaram.



Moacyr ficou no Rio de Janeiro e fez carreira na polícia civil do Estado, chegando a Diretor Geral da Policia.


José, a convite dos seus primos de infância de Carangola, foi para a cidade de Londrina, no Estado do Paraná, onde se instalou, a procura de terras novas, a famosa “ terra vermelha”.


Ainda em Carangola, tomou gosto pelas letras e foi comprando livros e mais livros, formando assim sua biblioteca particular em Londrina, que foi considerada uma das maiores bibliotecas particulares do País.


Constituiu família no Paraná e como advogado recém formado, foi convidado para ser Procurador do Município. Foi Professor da Faculdade, da Escola da Magistratura e Prefeito da cidade de Londrina. A sua banca de advocacia foi uma das melhores do Norte do Paraná, com grandes clientes, como a Viação Garcia, Nova Safra e Mercantil do Algodão, dentre outros. Não parou por aí. Logo apareceram novos horizontes como grande jurista e político que era.


Chegou a Curitiba como Procurador Chefe do Estado, foi vice Governador e finalmente Governador do Estado do Paraná, onde foi o idealizador da SERCOMTEL– Telefonia do Paraná.


Pessoa humilde, não utilizava carro oficial, seguranças e as mordomias de Governador, muito comum aos políticos. Ele mesmo, ao final do expediente, descia as escadas do Palácio Iguaçu para fazer as suas compras.


Apesar da distância entre o Paraná e Minas Gerais, nunca esqueceu de visitar sua terra natal, sua família, seus amigos e da comidinha caseira, linguiça, carne de porco e o queijo mineiro meia cura.


José, quando assumiu o governo do Paraná, recebeu o presidente do Tribunal de Justiça do Estado, com um decreto já pronto em mãos, estabelecendo um auxílio moradia para os desembargadores. José respondeu, que para atender ao pedido, deveria dar primeiro aos funcionários do Paraná, que ganhavam muito menos. O homem ficou uma fera e disse: “É o que dá colocar mineiro no governo”. Ao que o José respondeu com maestria, “É melhor um bom mineiro do que um mau paranaense”.


122 visualizações0 comentário

Maria Elisa foi da primeira geração dos HOSKEN nascida em Londrina, Paraná, filha e neta de mineiros da Zona da Mata de Minas Gerais.


P.S. Aguardando foto oficial!



Ela teve uma infância solta, como acontecia nas pequenas cidades e que formava a personalidade daquela geração. Aprendeu a ler muito cedo e lia muito, desenvolvendo também a capacidade de escrever que a acompanhou toda a vida.


Aos 9 anos teve sua primeira poesia publicada no jornal Folha de Londrina, versando sobre a praia de Copacabana.


Aos 10 anos a família mudou-se para Curitiba, pois seu pai havia sido eleito Deputado Estadual.


Estudou no Colégio Sion onde aprendeu francês e descobriu seu gosto por línguas e povos diferentes; posteriormente aprendeu também inglês, espanhol e italiano e passou estudar no Colégio Estadual do Paraná.


Fez vestibular de Direito na Universidade Federal do Paraná e passou em segundo lugar, embora tivesse uma queda por jornalismo, cujo curso se iniciava naquele ano, escolheu o Direito. Como prêmio seus pais lhe ofereceram fazer um intercâmbio na Inglaterra no ano de 1966. Já em 1967 participou de um grupo de estudantes universitários que foi para a universidade de Ohio, nos USA. O estado de Ohio era o estado “parceiro” do Paraná.


Quando chegaram a Ohio a universidade mandou um estudante brasileiro que estava estudando lá há dez meses para falar com a turma de visitantes. Esta pessoa gaguejou alguns minutos; segundo ele estava desacostumado a falar português. Maria Elisa achou ridículo e recorrendo ao seu livrinho de endereços ligou para seu primo Francisco Samuel Hosken que estudava Tecnologia de Alimentos na Purdue University em Indiana já há três anos . . . o que ouviu? “uai gente, quem é ?”, com seu indefectível sotaque mineiro.

Maria Elisa confirmou ao grupo de paranaenses que o rapaz do dia anterior era ridículo mesmo.


Em 1970 Maria Elisa formou-se em direito em primeiro lugar na turma e daí vieram os convites para trabalhar. Motivada pelo profissional e político Jaime Lerner ela optou pela prefeitura de Curitiba. Começando juntos uma parceria e amizade.


Na prefeitura ela foi Assessora de Divulgação da Cidade e conviveu com muitas pessoas de grande realce profissional, tais como Fanchette Rischibieter, Karlos Rischibieter, Dr. Nireu Teixeira, o urbanista Rafael Dey e vários outros.


Prosseguindo, Maria Elisa participou da equipe que montou a Fundação Cultural de Curitiba e logo em seguida assumiu a direção executiva desta. A seguir ela coordenou o Centro de Criatividade de Curitiba.


Durante o governo do Hosken de Novaes Maria Elisa foi Coordenadora de Ação Cultural da Secretaria Estadual de Cultura. Em seguida participou da equipe de montagem da Fundação de Ação Social do Estado do Paraná.


Em 1989 ela foi nomeada presidente da CIC-Companhia de Desenvolvimento Econômico de Curitiba onde ampliou os contatos empresariais do Estado e iniciou os estudos e contatos para trazer a empresa RENAULT automotiva para o Paraná. Ela foi a principal responsável por esta empreitada de sucesso.


Prosseguindo sua carreira profissional, no ano de 1996 Maria Elisa participou do processo seletivo para representar o Brasil no escritório da ONU em Paris, na qualidade de presidente da ONUDI – Organização para o Desenvolvimento Industrial, no biênio 1997/1998. O governo do presidente Fernando Henrique Cardoso endossou a escolha e Maria Elisa assumiu este elevado posto. Durante seu período na ONUDI foram feitas 23 joint ventures com o Brasil.


Voltando ao Brasil, assumiu a Secretaria de Estado do Paraná para Administração de Recursos Humanos e convidada pela RENAULT assumiu a Diretoria de Relações Internacionais e Institucionais da empresa.


No ano de 2002 ela se desligou da Prefeitura de Curitiba e montou sua consultoria de planejamento e simultaneamente aumentou sua participação em trabalhos sociais trabalhando na Associação dos Amigos do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, onde ocupou a superintendência.


No aspecto pessoal, Maria Elisa assumiu o comando total de sua família, após o trágico acidente fatal de seu marido e o filho mais novo e atualmente segue orientando os 3 filhos e, muito presente na vida dos 4 netos.


Novos desafios ? Só o tempo dirá. Ela está pronta.







198 visualizações0 comentário

Nasceu em Tombos, Minas Gerais em 06 de Novembro de 1930, filho de Carlos Hosken (Tau Hosken) e de Edith Quintão Hosken. Casou-se em 20 de maio de 1961 com Marília Imbelloni Hosken e tem quatro filhos, dez netos e dois bisnetos.



Graduado em Direito em 1954, atuou como advogado por muitos anos, especialmente na Comarca de Carangola.


Em 1963 foi eleito o vereador mais votado do Município de Carangola, elegendo-se vice-prefeito, no mesmo pleito. Foi eleito por seus pares como presidente da Câmara de Vereadores de Carangola.


Em 1971 se elegeu prefeito do Município de Carangola, tendo realizado obras importantes no município como a construção da estação de tratamento de água da cidade, com a criação e instalação do DAE – Departamento de Água e Esgoto, atual SEMASA. Como prefeito, trouxe para Carangola a agência do IPSEMG; participou da vinda da CEMIG, criando um sistema de financiamento de padrões de energia para consumidores de baixa renda e a iluminação de todos os distritos com energia elétrica da CEMIG. A construção do prédio da Câmara Municipal também ocorreu na sua gestão, assim como a colaboração efetiva na implantação da APAE e da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Carangola, a urbanização de todo o bairro do Triângulo e outros grandes feitos.


Em 1970 fundou com seu pai, Carlos Hosken e com seu irmão, Fernando Quintão Hosken, o Laticínios Vale do Carangola, depois Laticínios Marília, produtor dos queijos Marília.


Foi deputado estadual por duas legislaturas, 1979 a 1983 e 1983 a 1987, sendo vice-líder do governo e 2º. Vice-presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais. Como deputado conseguiu o asfaltamento e a construção de várias estradas na região de Carangola e cidades vizinhas, onde era majoritário; a construção e reforma de várias escolas e o apoio do Estado de Minas Gerais a várias iniciativas locais.


Foi diretor administrativo da Acesita Energética S.A., diretor adjunto da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG); diretor por vários triênios do Sindicato das Empresas de Laticínios do Estado de Minas Gerais (SILEMG); presidente do Conselho Superior da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM); presidente do Rotary Clube de Carangola e presidente do Supremo Conselho da Casa de Caridade de Carangola.


Recebeu várias honrarias em reconhecimento ao seu trabalho como homem público, industrial e agropecuarista, como a Medalha da Inconfidência; a Ordem do Mérito Legislativo; a Medalha Santos Dumont (prata); a Medalha 500 anos, da ABCCMM; a Medalha Parceiro Golden, do Rotaract Clube de Carangola; a Medalha Dr. Diógenes Araújo Neto, da FAFILE; Grande Benemérito da Raça Mangalarga Marchador e Grande Cavaleiro da Raça Mangalarga Marchador, a maior honraria concedida por esta associação.


Juarez Hosken pertence à terceira linhagem dos HOSKEN do Brasil, bisneto de Edward Hosken. Sua capacidade de diálogo e o bom trato com as pessoas fazem-no uma pessoa querida e procurada por todos para aconselhamento ou um papo amistoso.

446 visualizações0 comentário
bottom of page